Primeira parte / O modo de funcionamento do clima

1.7 Por que Razão não Tomaram Medidas?

Todas as fontes online foram acedidas no dia

  1. campanhas desinformação de empresas de combustíveis fósseis Union of Concerned Scientists, Smoke, Mirrors and Hot Air: How ExxonMobil Uses Big Tobacco’s Tactics to ‘Manufacture Uncertainty’ on Climate Change, 2007, https://www.ucsusa.org/resources/smoke-mirrors-hot-air; Oreskes, N., and Conway, E., Merchants of Doubt: How a Handful of Scientists Obscured the Truth on Issues from Tobacco Smoke to Global Warming (New York: Bloomsbury, 2010); Cook, J., et al., America Misled: How the Fossil Fuel Industry Deliberately Misled Americans about Climate Change, George Mason University Center for Climate Change Communication, 2019, https://www.climatechangecommunication.org/america-misled/; Mann, M. E., The New Climate War: The Fight to Take Back Our Planet (New York: PublicAffairs, 2021).

    na ExxonMobil, um colosso do sector Banerjee, N., et al., Exxon: The Road Not Taken (New York: Inside Climate News, 2015); Rust, S., ‘Report details how Exxon Mobil and fossil fuel firms sowed seeds of doubt on climate change’,LA Times, 21 de Outubro de 2019, https://www.latimes.com/environment/story/2019-10-21/oil-companies-exxon-climate-change-denial-report; Columbia Journalism School, ‘Two-year-long investigation: what Exxon Knew about climate change’, 2017, https://journalism.columbia.edu/two-year-long-investigation-what-exxon-knew-about-climate-change; On, J., and Balkin, A., ExxonKnew https://www.sej.org/initiatives/sifting-disinformation/exxonsecretsorg.

    Na década de 1990… a empresa começou a veicular Supran, G., and Oreskes, N., ‘Assessing ExxonMobil’s climate change communications (1977–2014)’, Environmental Research Letters, 12 (8), 2017: Article 084019, https://doi.org/10.1088/1748-9326/aa815f; Supran, G., and Oreskes, N., ‘Rhetoric and frame analysis of ExxonMobil’s climate change communications’, One Earth, 4 (5), 2021: 696–719, https://doi.org/10.1016/j.oneear.2021.04.014.

    Também desviaram as atenções do seu papel Mitloehner, F., ‘Big oil distracts from their carbon footprint by tricking you to focus on yours’, CLEAR Center, 16 de Outubro de 2020, https://clear.ucdavis.edu/blog/big-oil-distracts-their-carbon-footprint-tricking-you-focus-yours.

  2. organizações de fachada, como a Global Climate Coalition Revkin, A. C., ‘Industry’s advisers on climate’, New York Times, 23 de Abril de 2009, https://www.nytimes.com/2009/04/24/science/earth/24deny.html; Oreskes, N., ‘My facts are better than your facts: spreading good news about global warming’, in Howlett, P., and Morgan, MS., eds., How Well Do Facts Travel? The Dissemination of Reliable Knowledge (Cambridge: Cambridge University Press, 2010), 136–66.

    Em 2006, a Royal Society do Reino Unido Ward, R., carta a Nick Thomas (Director, Corporate Affairs, Esso), 4 de Setembro de 2006, https://royalsociety.org/~/media/royal_society_content/policy/publications/2006/8257.pdf.

    Parecia destinada ao sucesso, mas Weiss, D. J., ‘Anatomy of a Senate Climate Bill Death’, Center for American Progress, 12 de Outubro de 2010, https://www.americanprogress.org/article/anatomy-of-a-senate-climate-bill-death/.

    Entre 2000 e 2016… os grupos de interesse dos combustíveis fósseis Brulle, R. J., ‘Institutionalizing delay: foundation funding and the creation of U.S. climate change counter-movement organizations’, Climatic Change, 122 (4), 2014: 681–94, https://doi.org/10.1007/s10584-013-1018-7; Brulle, R. J., comunicação por e-mail pessoal com o autor, 14 de Outubro de 2021. Tanto no estudo como na correspondência, “lobbying” não é caracterizado como pró ou anti-clima, mas parece seguro assumir que a maioria, se não todo o lobbying dos combustíveis fósseis, era contra a acção climática.

    estimulados pelas aspirações de pessoas Oreskes, N., ‘Wishful thinking about natural gas’, Le Monde diplomatique, 1 august 2014, https://mondediplo.com/openpage/wishful-thinking-about-natural-gas.

    não poderia “arriscar-se a afastar e a demonizar eventuais parceiros” Bacow, L. S., ‘A message from President Bacow on climate change’, Harvard Office of the President, 21 de Abril de 2020, https://www.harvard.edu/president/news/2020/message-from-president-bacow-on-climate-change/.

    muitos destes “parceiros” tinham demonizado cientistas e ativistas climáticos Harvard salientou também que alguns destes parceiros se tinham comprometido com a “neutralidade de carbono”. Mas esses compromissos referiam-se às emissões das suas operações, não aos combustíveis que pretendiam continuar a vender nas décadas seguintes. Essas afirmações eram o mesmo que os fabricantes de tabaco prometerem que as suas fábricas estariam livres de fumo enquanto continuavam a vender cigarros em todo o mundo. Por exemplo, em 2019, a ExxonMobil não projectou reduções nas emissões de dióxido de carbono do sector energético até 2040, nem nenhuma data em que as emissões atingissem o zero líquido, implicando um aquecimento indefinido. ExxonMobil, Outlook for Energy: A Perspective to 2040, 2019, https://corporate.exxonmobil.com/-/media/Global/Files/outlook-for-energy/2019-Outlook-for-Energy_v4.pdf. See also Mulvey, K., et al., ‘Fossil fuel companies claim they’re helping fight climate change. The reality is different’, Bulletin of the Atomic Scientists, 17 de Dezembro de 2019, https://thebulletin.org/2019/12/fossil-fuel-companies-claim-theyre-helping-fight-climate-change-the-reality-is-different/.

    A maioria dos economistas reconhece agora as alterações climáticas como uma falha do mercado
     Steffen, W., et al., ‘The trajectory of the Anthropocene: the Great Acceleration’, Anthropocene Review, 2 (1), 2015: 81–98, https://doi.org/10.1177/2053019614564785; Stern, N., The Economics of Climate Change: The Stern Review (Cambridge: Cambridge University Press, 2007), https://webarchive.nationalarchives.gov.uk/ukgwa/20100407172811/https:/www.hm-treasury.gov.uk/stern_review_report.htm; Benjamin, A., ‘Stern: climate change a “market failure”’, Guardian, 29 de Novembro de 2007, https://www.theguardian.com/environment/2007/nov/29/climatechange.carbonemissions.

  3. é invisível “porque não existe” Stiglitz, J., ‘There is no invisible hand’, Guardian, 20 de Dezembro de 2002, https://www.theguardian.com/education/2002/dec/20/highereducation.uk1. Na realidade, Stiglitz disse que que a mão “é invisível, pelo menos em parte, porque não existe”.

    “os produtos tecnológicos não são neutros” Papa Francisco, ‘Carta encíclica Laudato si do Santo Papa Francisco sobre o cuidado da nossa casa comum’, 24 de Maio de 2015, secção 107, https://www.vatican.va/content/francesco/en/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html.